quinta-feira, 27 de junho de 2019

Portugal é conhecido pela sua enorme diversidade de castas autóctones. Entre castas brancas e tintas, são mais de 250 diferentes variedades de uva, o que nos torna num dos países mais interessantes do ponto de vista da originalidade dos vinhos que produzimos. 
Todos os anos, durante a vindima, fico impressionada com “novas” expressões que vamos encontrando nos diferentes ambientes onde testamos algumas variedades. 


Algumas das castas brancas que produzimos no Dão são:

Encruzado
A grande casta branca do Dão, que nos dá vinhos de corpo, presença de boca, mineralidade e elegância. Na conjugação de altitude com solos de origem granítica, dá-nos vinhos enormes, com grande potencial de envelhecimento, surpreendendo pela sua frescura e persistência na boca, com notas vegetais, florais e minerais.
Até ao momento esta casta só é cultivada, praticamente, na região do Dão, onde tem a primazia entre as castas brancas. 
Os vinhos são ricos, elegância e complexidade aromática, com notas vegetais, florais e minerais.


Bical
É uma casta conhecida pela sua grande precocidade. Se as uvas forem vindimadas na altura certa, obtêm-se vinhos de cor citrina, aromas complexos com boa fruta, finos, relativamente secos e elegantes, com boa graduação alcoólica e baixa acidez.


Cerceal-Branco
No Dão, apresenta características diferentes de outras regiões vitícolas de Portugal. É tardia e obtêm-se vinhos, de aroma intenso e delicado a fruta, com muita vivacidade na boca, resultado da marcada acidez, característica desta casta. Normalmente usada em lotes.

Uva-Cão
Muito precoce e das menos produtivas. A boa graduação alcoólica, associada à acidez que apresenta, permite uma muito boa evolução em garrafa, dando nessa altura origem a vinhos com um certo corpo e uma frescura admirável, com muita finura e elegância. Normalmente usada em lotes confere aos vinhos acidez, delicadeza e equilíbrio.